sábado, 30 de novembro de 2013


Você não lembra, mas eu via girassóis em teus olhos.
Meio verdes, meio amarelos. Sempre com um brilho inigualável.
Você, certamente, não lembra, mas, às vezes, te escrevia cartas. Sempre dizia que te amava. 
É que, dia desses, a confusão de cores dos teus olhos e a minha letra trêmula de nervosismo invadiram minha mente. 
Pequenas coisas que os anos não apagam.
Pequenas coisas que novas coisas nos fazem esquecer.
Hoje, talvez, os girassóis estejam mais iluminados, brilhem por novas flores. Provavelmente não os verei novamente.
Será que as cartas não se tornaram um amontoado de papel picado?
Continuo a escrevê - las, mesmo tendo certeza que nunca passarão de um amontoado de papéis depositados na última gaveta de meu guarda - roupa.
Meus olhos, que quando viam teus olhos de girassol, eram secos, agora estão molhados. A ausência dói.


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