sábado, 29 de outubro de 2011

Como Tudo Que É...

Em um sábado iluminado, deixo algumas palavras de Drummond.

Definitivo.


"Definitivo, como tudo que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows, livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não por que nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nada, para namorar.
Sofremos não por que nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não por que nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não por que estamos envelhecendo, mas porque o fruto está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por ter conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento tão intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
'Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudencia egoísta que nada arrisca, e que, esquivando - se do sofrimento, perdemos também a felicidade.'
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."

My Sweet Words For You, Clueless.

"Sinto - me criança que chora escondido quando ela vomita palavras, atingindo - me com toda a voracidade da peçonha de uma cobra de veneno letal.
Tão suja, que esbanja 'sua beleza perfumada' após um mergulho na podridão de seus versos, que caem sobre mim como ácido, corroendo - me, fazendo o coração latejar na agonia de calar de uma vez por todas sua maldita boca profana."


Não tenho o que temer e perder, então espero que leia e saiba que foi direcionado para você, Valley Girl.
Sabe por que? Por que eu cansei de engolir sapos que me descem cada vez mais atravessados.
E eu não sou abrigada a ouvir suas piadinhas e desaforos a meu respeito. Nunca fui.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Objetivos.

A necessidade era insana de escrever, então, "O Pequeno Príncipe" alugou - me espaço na folha e acabei colando esse manifesto para comigo mesta a respeito do vestibular na porta do meu guarda - roupa, assim, todas as manhãs quando estiver arrumando - me para seguir até a escola, poderei ler e então, relembrar do meu contrato pessoal.
E por que não dar mais espaço pra esse lado vestibulanda que precisa imediatamente 'cair' na UFPE?
A partir das filosofias que sobrepuseram o Principezinho, surgiu o Livros e Lágrimas., meu segundo blog.
Desabafos mesmo, afinal o caminho é árduo e íngreme, mas a recompensa é a mais valiosa!

"Por que eu acordo todos os dias?
Eu tenho minhas metas, e elas fazem - me levantar da cama e buscar progredir.
E como eu vou conseguir isso?
Estudando!
Só assim, vou conquistar meus sonhos.
O que é verdadeiramente importante é nunca desistir, mesmo sabendo que a jornada é a mais dura.
Sei que vou fraquejar, e por muitas vezes, pensar em jogar tudo para o alto, mas isso não irá me dominar, pois serei invadida pelos futuros sentimentos de vitória.
Só cresce quem busca, quem vai arás, por que nada vez do céu.
Vou perseguir meus desejos, por mais altos e distantes que eles pareça.
"- Quem acredita, sempre alcança"
Vestibular 2013 - UPE e UFPE"

Se Fosse Só Sentir Saudade...

Hoje, debutamos a morte de Renato Russo.
15 anos sem um dos maiores poetas da música nacional.
A legião cresce. A cada geração surgem mais e mais adeptos.
E enquanto houver um "legionário", enquanto aqueles três famosos acordes forem reproduzidos, enquanto a voz do Russo ecoar, a chama de uma Geração Coca - Cola permanecerá acesa.

Tempo Perdido.
Composição: Renato Russo
Legião Urbana.

"Todos os dias quando acordo, 
Não tenho mais o tempo que passou.
Mas tenho muito tempo.
Temos todo tempo do mundo...
Todos os dias, antes de dormir,
Lembro e esqueço como foi o dia.
Sempre em frente...
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado é bem mais belo
Que esse sangue amargo.
E tão sério.
E selvagem! Selvagem!
Selvagem...!
Veja o sol dessa manhã tão cinza.
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos...
Castanhos!
Então me abraça forte,
E diz mais uma vez que já estamos...
Distantes de tudo!
Temos nosso próprio tempo...
Temos nosso próprio tempo...
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro,
Mas deixe as luzes
Acesas agora.
O que foi escondido, 
É o que se escondeu.
E o que foi prometido,
Ninguém prometeu.
Nem foi tempo perdido...
Somos tão jovens...
Tão jovens...
Tão jovens...!"

Já Não Sei Como Dizer Que Sinto.

"Éramos partes de um todo.
Juntas, estávamos completas.
Então você se foi...
Fiquei eu, metade que perdeu seu encaixe.
Um ano passou.
A terra tornou a mesma posição que já esteve algum dia.
Dia de dor...
Ainda dou rizadas de nós.
Éramos partes de um todo.
Nossas mãos uniam - se perfeitamente.
Você já não está.
A saudade é o que me envolve agora, que não tenho mais seus abraços.
Mas na memória permanece intocada, como a flor selvagem que é banhada pelo sereno da noite e a luz do luar."


Adriana Nakagawa, imensas saudades. O maior amor, o mais infinito e bonito. 


P.S.: Texto de autoria própria, em caso de uso para qualquer fim, credite.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sobre a Morte IV.

Chega ao fim agora, o longo monólogo mortífero...
Confesso que sentirei falta...
Todavia, para haver mais o que postar, basta escrever!
Chegamos aos 2.000 acessos!
Obrigado à todos que visitam o You bleed. Vocês que tiram o blog da inércia.
Ok, vamos para a quarta e última questão:

4. O que é mais importante: A liberdade ou a preservação da vida?

R."Um flash e vai!
Desafie e sofrerá as consequências.
A morte é iminente, mas estará, enfim, livre.
Esperar.
Mais um dia alimentando a esperança de que todas as correntes que rodeiam meu corpo cairão.
O sofrimento que acaba - se com o fim da luz nos olhos, ou a espera reconfortante que dias melhores virão poderá afastar todo desejo quase que pelo próprio sangue?"


Atenção: Tudo que diz respeito ao "especial sobre a morte" foi escrito por mim, e sendo assim, todos os direitos me são reservados. Em caso de cópia, atribua os devidos créditos.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Rose That Won't Bloom.

Kristy, are you doing ok?
Composição: Indisponível.
The Offspring.

"Há um momento no tempo,
E ele está preso em minha mente.
Caminho de volta.
Quando éramos apenas crianças.
Porque seus olhos contaram a estória de um ato de traição,
Que eu soube alguém ter cometido.
Oh, ondas do tempo!
Parecem apagar as cenas dos nossos crimes.
Para você essas cenas nunca se apagam...
Você consegue ser forte?
Você consegue seguir em frente?
Kristy, você está bem?
O inverno a manteve...
Não desperdice sua vida tentando resgatar o que lhe foi tirado.
Apesar das marcas do seu vestido serem cuidadosamente cobertas,
Eu sabia que algo estava errado.
Eu deveria ter falado alguma coisa.
E me sinto tão arrependido agora...
Eu mal sabia, por que éramos jovens demais.
Oh, nuvens do tempo!
Parecem chover na inocência deixada pra trás.
E a lembrança nunca vai embora...
Você consegue ser forte?
Você consegue seguir em frente?
Kristy, você está bem?
A rosa que não irá desabrochar.
O inverno a manteve...
Não desperdice sua vida tentando resgatar o que lhe foi tirado.
Oh, nuvens do tempo!
Parecem chover na inocência deixada pra trás.
E a lembrança nunca vai embora...
Nunca vai embora...
Você consegue ser forte?
Você consegue seguir em frente?
Kristy, você está bem?
A rosa que não irá desabrochar.
O inverno a manteve...
Não desperdice sua vida tentando resgatar o que lhe foi tirado.
Não desperdice sua vida tentando resgatar o que lhe foi tirado..."

Letra Original.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Ponte do Arco - Íris

Hoje é dia de São Francisco de Assis - Protetor dos animais.
Decidi homenagear aquele que é muito presente e importante pra mim...
Aquele do qual sinto saudade todos os dias, desde o momento que acordo, até quando vou dormir.
O que invade meus sonhos, trazendo consigo as lembranças mais lindas, dos dias mais incríveis e maravilhosos da minha vida.
Sinto tanta falta... Do seu pelo preto e lustroso. Do seu jeito bandoleiro. Da nossa forte ligação.
Até de todos os cuidados necessários sinto saudades...
Daquelas patinhas traseiras, do focinho molhado, das brincadeiras...
Os nove anos passaram como nove meses...
Nove meses de gestação de um filho. Meu filho.
Mas ele partiu... E levou consigo metade de meu coração.
Os pequenos detalhes me mostram meu Nick...
Em algumas situações penso que ouço seus latidos...
Mas como animal especial que é, tenho certeza que está no céu, resplandecendo.
A estrela mais brilhante.
Pego - me aos prantos, quando bate um aperto opressor no peito, dilacerando tudo que há por dentro.
E quando isso ocorre, imagino - o com aquele olhar cativante, as orelhas levantadas (da maneira que se apresenta na foto) e dizendo - me: (sim, por que nós conversávamos) "Mamãe, larga de ser besta, eu tô bem."
E sempre me vejo a responder: "Eu sei, meu amor. Mamãe te ama e sente sua falta..."
E sente muito sua falta. Daria tudo pra te ter de volta...

A ponte do Arco - Íris:


"Nesse lado do paraíso existe um lugar chamado 'Ponte do Arco - Íris'.
Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém, vai para a ponte do arco - íris.
Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim, eles podem correr e brincar juntos.
Lá existe abundância de comida, água e raios de sol. Nossos amigos estão sempre aquecidos e confortáveis.
Todos animais que já ficaram doentes e velhinhos estão renovados com saúde e rigor.
Aqueles que foram machucados ou mutilados, estão perfeitos e fortes novamente, exatamente como nós nos lembramos deles em nossos sonhos, dos dias que já se foram.
Os animais estão felizes e alegres, exceto por uma coisinha: Cada um deles sente saudades de alguém muito especial, alguém que foi deixado para trás.
Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia quando um deles para de repente e olha fixo na distância.
Seus olhos brilhantes estão atentos.
Seu corpo impaciente começa a tremer lentamente.
De repente, ele se separa do grupo, voando sobre a grama verde, mais e mais rápido.
Você foi visto. E quando você e seu amigo especial finalmente se encontrarem, ficarão unidos num reencontro de alegria, para nunca mais se separar.
Os beijos de felicidade vão chover em sua face.
Suas mão novamente vão acariciar a tão amada cabecinha, e você vai olhar mais uma vez dentro daqueles olhinhos cheios de confiança, que há muito tempo haviam partido de sua vida, mas que nunca haviam se ausentado de seu coração.
Então, vocês, juntos, cruzarão a ponte do Arco - Íris."


Fonte: Capelinha de São Francisco - Memorial dos Pets.

Hoje, o que me faz erguer a cabeça é Billy, meu presente que foi ficando aqui em casa na lei da força mesmo, mas que hoje me faz dar um passo de cada vez.
Ele me dá forças...
Eu o amo, e tenho certeza que seu irmão, onde quer que esteja, também o ama profundamente.
E nós dois nunca o esqueceremos.

The Reason.

"Todos nós temos um motivo para seguir.
Algo que nos motiva a viver, que dá alegria à nossos dias.
Muitas pessoas demoram até encontrar seu motivo, outras, muitas vezes, nem o encontram.
Eu me encaixava na última opção.
Minha vida não tinha alegria. Sequer resquícios de cores.
Morava em um mundo cinzento. Preto e branco, talvez.
Então aconteceu você..."


P.S.: Texto de autoria própria, em caso de uso para qualquer fim, credite.


Felicitações para Luís Henrique! Parabéns pra você... Pessoa especial!

Sobre a Morte III.

É, chegou o momento mais esperado da semana! (Perdões pelos dois dias que eu 'furei' aqui...)
A terceira pergunta vem ai:

3. Suicídio: Coragem ou covardia?

R. "Uma bala na cabeça. Overdose. Uma corda no pescoço. Fuga, fuga!
Quem vai julgar? Quem?
A saída mais próxima. Rota de escape.
É um crime impagável.
Mas é crime?
É coragem apontar para si e puxar o gatilho?
É covardia não enfrentar o que lhe espera atrás das barreiras da sua mente?
O corpo que tomba, está livre agora.
Nenhuma dor o atinge mais...
Pra quem fica? O sofrer...
Egoísmo?
Não pensou em pai, mãe, cachorro, avós, periquito, papagaio...
Apenas exterminou todos seus demônios de uma vez só.
Não há mais a luz do dia.
Condenado a escuridão.
Algo após que perdoe os pecados?
Há pecados?
E os motivos?
Acabou... 
Foi com quem mais não está..."


E o terceiro capítulo dessa trama se foi.
Vamos só explicar as duas frases em negrito.
Não meus queridos, eu não quis dizer que você vai pro inferno, nem quis ser irônica. Eu só disse que como você morreu, não pode enxergar mais o sol. (Não com esse corpo físico, com o qual estamos acostumados.)
Bom, isso era tudo, só pra não deixar dúvidas.
Deixo bem claro também que não faço apologia a morte, suicídio ou a qualquer outra coisa parecida, e isso é apenas a exposição de um ponto de vista, bem imparcial, diga - se de passagem...

sábado, 1 de outubro de 2011

Sobre a Morte II.

Voltando com as questões filosóficas "Bibiistas" ou "Beatriziistas", como preferir. I'm not a normal person, ok.
Sem mais enrolações, por que o que realmente interessa é a resposta de grande importância para a humanidade:
(Como se eu realmente pudesse responder...)

2° Para onde vamos depois da morte? O que te garante isso?

R. "Como lugar certo, dentro de um caixão, com os tão ditos 'sete palmos' acima de mim. (Na verdade, gostaria de ter meu corpo doado à Universidade Federal de Pernambuco, mas isso é assunto pra depois...)
Conceitos de vida pós morte são encontrados em qualquer esquina. Mas e a vida? O que é viver? Voltando ao ponto da questão anterior, essa é a forma de vida que nós conhecemos? Talvez haja algo além de nós, planos mais 'evoluídos', e viver seja peregrinar entre eles.
Podemos ser únicos, e a morte apenas o fim.
Da mesma forma que nossos atos 'terrenos' possam ser julgados para que nós sejamos destinados a um lugar melhor ou pior.
E por que não estar no céu? Ou no inferno?
Mas quem faz o céu e o inferno? Seríamos nós mesmos?
Nada, nada me garante.
Hoje estou aqui. Amanhã? Quem sabe...?"


É isso, meus peregrinos, amanhã teremos a terceira e penúltima parte!