sábado, 19 de março de 2011

Desabafo.

Clarisse
Compositor: Renato Russo
Legião Urbana


"Estou cansado de ser vilipendiado,
Incompreendido e descartado.
Quem diz que me entende,
Nunca quis saber.
Aquele menino foi internado numa clínica.
Dizem que por falta de atenção dos amigos,
Das lembranças...
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes.
Como uma ampulheta imóvel.
Não se mexe.
Não se move. 
Não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro.
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete.
Deitada no canto,
Seus tornozelos sangram.
E a dor é menor do que parece.
Quando ela se corta,
Ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força.
Viver em dor,
O que ninguém entende.
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi.
Quando mais uma ocorrência policial.
Ninguém me entende, 
Não me olhe assim, 
Com esse semblante de bom samaritano.
Cumprindo seu dever,
Como se eu fosse doente.
Como toda essa dor fosse diferente,
Ou inexistente...
Nada existe pra mim,
Não tente.
Você não sabe e não entende.
E quando os anti-depressivos e os calmantes não fazem mais efeito.
Clarisse sabe que a loucura está presente.
E sente a essência estranha do que é a morte.
Mas esse vazio,
Ela conhece muito bem.
De quando em quando é um novo tratamento.
Mas, o mundo continua sempre o mesmo.
O medo de voltar pra casa à noite.
Os homens se esfregam nojentos,
No caminho de ida e volta da escola.
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo,
E que estamos destruindo o futuro.
E que a maldade anda sempre aqui por perto.
A violência e a injustiça que existe contra todas as meninas
E mulheres.
Um mundo onde a verdade é o avesso,
E a alegria já não tem mais endereço.
Clarisse está trancada no seu quarto, 
Com seus discos e seus livros,
Seu cansaço.
Eu sou um pássaro.
Me trancam na gaiola,
E esperam que eu cante como antes.
Eu sou um pássaro.
Me trancam na gaiola,
Mas, um dia , eu consigo existir
E voar pelo caminho mais bonito.
Clarisse só tem 14 anos..."

Letra original.


Os dias "Clarissianos" chegam e nos abalam as estruturas...
Sim, eles existem, para alguns...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Just Love.

"-O que é o amor?"
Me perguntei.
Não respondi.


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar se não amar. Que queres que te dia, além de que te amo, se o que quero dizer - te é que te amo?"
(Fernando Pessoa)

"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no espaço de beijar."
(Carlos Drummond de Andrade)

"A medida do amor é amar sem medida."
(Victor Hugo)

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor." 
(Vladimir Maiakóvski)

"Lutar pelo amor é bom, mas alcançá - lo sem luta é melhor."
(William Shakespeare)

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
(Mário Quintana)

"É um amor pobre aquele que se pode medir."
(William Shakespeare)

"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção."
(Antoine de Saint - Exupéry)

"Vós, que sofreis por que amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele."
(Victor Hugo)

"É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado."
(Guimarães Rosa)


Bom, essa foi apenas uma parte das milhares de citações sobre o amor que gosto.
Depois haverão mais, pois o amor não se encerra aqui.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mou ichido tsuyoku dakishimete.

Last Song.
Composição: Gackt
Gackt

"Estava sozinho e perdido andando sem ter pra onde ir,
Tingindo de branco um pequeno suspiro.
E na mudança dessa estação passageira,
Sem motivos, derrubei uma lágrima.
"...Eu ainda te amo..."
A tristeza que chove se transforma em neve branca.
Não parava de observar o céu.
Se for possível que meu desejo se realize agora antes que meu corpo desapareça.
Quero que me abrace forte novamente.
Te feri por não poder te entender.
Mas, mesmo assim, você era tão gentil.
E a promessa realizada no anel que fora entregue,
Não se realizou.
"...Eu ainda lembro..."
As lembranças que passam são tão ofuscantes.
Queria ter ficado perto de você por mais tempo.
Não poderei te encontrar nunca mais,
Por isso não quero que, você que sempre me apoiou, mude.
Não consegui apagar a última lágrima que me mostrara.
Mesmo que desapareça junto com essa neve branca,
Quero estar florescendo sempre dentro do seu coração.
Não esqueça do calor que sentimos quando nos abraçamos,
Mesmo que ame e já tenha alguém prometido.
Quero cair num sono profundo sem largar a sua voz que ouvi da ultima vez...
A tristeza que chove se transforma em neve branca.
Não parava de observar o céu.
Se for possível que meu desejo se realize agora antes que meu corpo desapareça.
Quero que me abrace forte novamente.
Quero que me abrace forte novamente."


Borboletas no estômago.

"Debatem - se em meu estômago sem licença alguma. 
Não avisam a chegada ou ao menos pedem estadia.
Apenas chegam e de tudo tomam conta.
A verdade é que não me incomoda.
Eu gosto.
Gosto da sensação do novo, do sabor da surpresa e do inesperado.
Do que é diferente e da súbita esperança que tudo pode mudar completamente ao amanhecer.
Elas, que colidem - se em meu estômago, também fazem - me criar asas.
E isso me mostra flores, cores, risos.
Melhor que antes."


P.S.: Texto de autoria própria, em caso de uso para qualquer fim, credite.


Displicente fui, mas postarei todas as terças, quintas e domingos.
Hoje faz parte de uma sessão extraordinária pelo simples fato de corrigir um erro.