sábado, 31 de dezembro de 2011

Novo Começo.

Não acredito muito nessas balelas de "Ano novo"...
Respeito quem quer acreditar, claro.
O que muda?
As pessoas costumam ser mais simpáticas, reconciliarem - se, mas em breve, estarão falando umas das outras novamente...
Mais um ciclo que vai repetir - se, passando pelo ano novo, seguido pelo carnaval, páscoa, dia das mães, dia dos namorados, são joão, dia dos pais, chegando novamente no natal para que tudo se inicie novamente...
Pra mim, nada mudou desde que me entendo por gente: Toda vez que demarcam Janeiro, começa a agonia de pensar em escola... Sempre foi assim...
Esse pode e vai ser o último ano em que eu vou ter um flash back, pois a faculdade vem ai com tudo (:
Quando fiz uma retrospectiva desse período, pensei que tive um ano imundo, cheio de coisas ruins...
Pensamento totalmente pessimista, cheio de tristeza e pesar...
Refletindo bem com um pensamento de Pollyana, percebe - se a alegria e a beleza está em quem vê e como se vê, na percepção de tudo o que geralmente deixamos passar, que cobrimos com nossa maré de pensamentos negativos.
Meu anos foi maravilhoso, por que:
Eu ganhei um meio irmão: Nicholas Baldocchi.
Ganhei uma irmã: Germana, que me deu de presente um sobrinho, Vinicius.
Tenho uma mãe compreensível, que me ama e relevou tantas coisas que eu fiz e não foram tão legais.
Tenho o melhor pai do mundo, que me amará independentede tudo.
Tenho uma irmã que é incrível, esforçada e me ajuda sempre que pode.
Tenho um cunhado super legal, que me deu de presente um livro de Clarice Lispector (Own!!)
Tenho os dois melhores amigos do mundo que valem por mil: Arthur Caó e Thomas Manzotti.
Dancei muito ao som de Katy Perry sem ao menos saber o que fazia.
Escrevi bastante.
Ganhei de presente o "Umbigobunker?!"
Apesar de um tema rejeitado, pude mostrar pra toda a sala de aula que há beleza até nas coisas mais obscuras da vida...
Ganhei um box de supernatural com as cinco temporadas e comprei as duas primeiras de Gossip Girl (:
Tive o melhor cachorro do mundo por 9 anos.
Percebi que posso me virar sem análise. (Nada contra, Doutora Rita!)
Tenho o melhor cachorro do mundo que me ama muito e está comigo sempre que preciso.
Conheço pessoas doces que quero que estejam comigo para todo o sempre:

  • Thiago Ciarlini: Meu anjinho da guarda, que consegue me fazer rir e é praticamento o dono dessa birosca aqui, por que se não fosse por ele, eu nunca teria coragem de cirar o -You bleed.
  • Jamerson: O baka mais baka que existe, que sempre me faz feliz, consegue acabar com meu juízo, em quem eu amo dar cortada e iludir.
  • Pablo: Baka hentai, baka hentai! O melhor conselheiro, ouvinte e falante. Quem tem as melhores conversas e a quem eu posso conta tudo? Com certeza eu posso contar sempre.
  • Lígia: A melhor, mais inesquecível, charmosa, fofa amiga que alguém poderia ter. Foram muitas conversas, confissões e choros.
  • Erick: Tem o poder de levantar qualquer humor com seu jeito simpático e descolado... Sempre meu Erickito *-*
  • Ana Katarina: Apesar da distância, é alguém que eu jamais poderia esquecer. Nossa irmandade cresce cada vez mais e nossa paixão por Biquini nos deixa cada vez mais loucas pelos pulos e berros nos shows.
  • Claudio Sampaio: Um alguém além de um professor, que mostrou um lado mais coincidente do que eu poderia imaginar. Um sonhador que ao mesmo tempo mantêm os pés no chão. Alguém que brilha.
  • André Clug: O menino que me viciou no Facebook, por que eu só entrava pra ver se ele tinha me cutucado e pra cutucar de volta. Um doce de pessoa, muito kawaii *-* Totalmente apaixonante, minha paixão platônica distante, apesar de pouco conhecer. (Não leia!)
Amo vocês, meu povo!
Só isso faria um ano incrível, mas eu ainda ganhei sorteios, conheci pessoas que sem sombra de dúvidas estarão cada vez mais presentes na minha vida, e de quebra, pra fechar tudo isso, vou passar a tão comentada 'virada' em Copacabana ao som de David Guetta. Ai eu pergunto: Tá faltando alguma coisa?
Ok, vou precisar rir de quem vai se matar pra pagar um ingresso no show do cara e Recife. Vou assistir de gratuitamente, ok? Hahahahaha'
Claro, perdas aconteceram, mas elas me fazem acreditar que eu serei uma pessoa mais forte e assim poderei focar mais no meus principais objetivos.
Que os deuses do vestibular me ajudem no ano que se segue...
E que eu possa me tornar um alguém melhor, de coração mais pura, que possa amar mais e ser mais compreensível, que julgue menos e seja mais feliz, mesmo que escreva coisas tristes.
Posso até não conseguir a centésima postagem, mas hoje o blog faz um ano de poco frequentamento...
Mas isso não é ruim, pois o blog é uma forma de autoconhecimento, uma busca por melhorias e uma maneira de externar emoções.
Espero que continuem comigo nesse ano que se segue.
Até mais....

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Just Another...

Começo o post, que provavelmente será bem longo, por que trata - se de um desabafo seguido de música. Não é comum que eu faça um post cheio de imagens, mas não tive como escolher apenas uma, então...
Dias difíceis, com nuvens nebulosas vinham chegando.
Há tempos eu vinha tentando ignorá - los, fingir que era apenas uma má fase e logo passaria, como muita coisa passou durante longos e tortuosos anos, cheios de altos e baixos, mas que no fim, tudo ficava bem...
Sinto dizer que fui surpreendida e atingida por uma onda que acabou por me fazer bater a cabeça e o peito, fazendo com que a trava de segurança que mantem as piores dores que já experimentei exiladas em um compartimento fosse aberta.
Digo que bati ambos por que ainda não consigo identificar a origem do problema, se ele encontra - se concentrado no centro das emoções racionais ou na reserva de sentimentos transtornados.
São dias que trazem consigo uma essência vazia, de sorrisos nos lábios, mas de olhos que não acompanham.
Olhos que, em outras ocasiões foram descritos de forma surpreendente. Que se fecharam ao toque de lábios macios.
Olhos ditos inesquecíveis, mas que simplesmente foram apagados num vislumbre para o outro lado da rua, talvez.
Olhos que hoje despejam dores na sua forma mais pura e concretam, mesmo ainda não estando habilitados a assumirem tal papel.
Agonia, angústia que marcam a pele com longas manchas pretas através das bochechas.


E não adianta questionar mais. É desperdício de tempo. Palavras não podem mudar nada, e nesse caso, nem devem, por que é nítido que a estima depositada sobre mim é zero.
O que me surpreende é que no meio de um marasmo, a ressaca atinge e o barco vira de vez.
Mas temos que lembrar que não podemos passar por cima dos sentimentos de ninguém. 
Calma aí. E os MEUS sentimentos? Eles não contam? 
Eu sou um alien, tive o coração removido ou sou feita de pedra e ninguém me avisou?
A minha maior vontade é quebrar um especifico coração como eu tive o meu retalhado. Porém, como eu não poderia deixar de ser burra, noventa por cento de mim entra em conflito com essa parte vingativa que se aloja na amargura e me impede de pronunciar uma palavra que possa afetar um músculo vivo e pulsante, do qual queria cuidar, mesmo que não fosse de forma direta. 


Mais uma vez conseguiram provar que essa função não pode ser realizada por mim com dignidade.
Por que lágrimas e humilhação tornam a cena mais interessante junto com uma carinha de bravo, diríamos que, irresistível e uma voz carregada de palavras cortantes.
É, só alfinetando mesmo pra poder aliviar tudo o que vive preso e eu tenho vontade de gritar.
E se não quiser falar de vez, vai fazer alguma diferença? Se é que alguma vez chegou a fazer diferença o meu silêncio.
É até melhor, por que até eu sempre achei minha voz estridente e meus assuntos totalmente dispensáveis.
Mas na verdade, ninguém sai mais ferido e machucado que eu, velha soldada nesta batalha de causa perdida, que mesmo assim insiste em enxergar uma minúscula luz no fim de um túnel aparentemente sem fim, entretanto que parece ter apresentado o último ato e sua faceta final.


Disso tudo me sobram gavetas reviradas, na incansável busca de que haja esperança para um futuro em algum lugarzinho, encolhida, toda remendada, tremendo de medo de um coração que insiste em brincar de peteca com a pobre que dizem ser a última a morrer.
E se eu achar, devo jogá - la nos ventos do destino e esperar respostas ou escondê - la entre as mãos e depois procurar um local seguro e aquecido?
Eu simplesmente não sei o que fazer. 
Meu coração me diz pra fazer loucuras, contanto que eu consiga recuperar um tempo que parece estar extinto, enquanto a mente grita para seguir em frente e parar de esmurrar facas,
Eu confio em Deus e sua vontade será cumprida, apenas isso. É o mais coerente.


Às vezes me questiono se terei forças o suficiente para livrar - me, e a resposta ainda vem em forma de não.
Minhas, ou melhor, nossas músicas vão me acompanhar por todos o trajeto.
Todas aquelas que eu não escrevi, mas mesmo assim dediquei a você.
Aquelas que contam histórias tristes de amores impossíveis, aquelas que me levam até você e me fazem sua garota novamente.
Existem também os contos de fadas cantados, que doem e incomodam pelo fato de nunca poder vivê - los...
"Dear God, the only thing I ask of you is to hold him when I'm not around, when it's much too far away..."
Essa música do Avenged Sevenfold representa muito para mim, porém não mais que a que eu vos apresento agora.


Verão após o ensino médio, quando nos conhecemos.
Nos beijamos no seu Mustang, ouvindo Radiohead.
E no meu aniversário de 18 anos, fizemos tatuagens iguais.
Costumávamos roubar licor dos seus pais e subir no telhado.
Falar sobre o futuro como se tivéssemos uma pista.
(Soubéssemos de algo.)
Nunca planejei que um dia eu estaria perdendo você.


Em outra vida, eu seria sua garota.
Nós manteríamos todas as nossas promessas.
Seríamos nós contra o mundo.
Em outra vida, eu faria você ficar.
Então, eu não teria que dizer que você é aquele que se foi.
Aquele que se foi.


Eu era June e você meu Johnny Cash.
Nunca um sem o outro, nós fizemos um pacto.
Às vezes quando eu sinto a sua falta, coloco aquelas músicas para tocar.
Alguém disse que você removeu sua tatuagem.
Te vi no centro, cantando Blues.
É hora de encarar a música: Eu não sou mais sua musa.


Em outra vida, eu seria sua garota.
Nós manteríamos todas as nossas promessas.
Seríamos nós contra o mundo.
Em outra vida, eu faria você ficar.
Então, eu não teria que dizer que você é aquele que se foi.
Aquele que se foi.



Aquele...
Aquele...
Aquele...
Aquele que se foi.


Todo esse dinheiro não pode comprar - me uma máquina do tempo... Não...
Não posso substituí - lo com um milhão de anéis... Não...
Eu deveria ter dito o que você significou para mim...
Mas agora eu pago o preço.


Em outra vida, eu seria sua garota.
Nós manteríamos todas as nossas promessas.
Seríamos nós contra o mundo.
Em outra vida, eu faria você ficar.
Então, eu não teria que dizer que você é aquele que se foi.
Aquele que se foi.


Aquele...
Aquele...
Aquele...


Em outra vida, eu faria você ficar.
Então, eu não teria que dizer que você é aquele que se foi.
Aquele que se foi.


É possível que canções de amor tenham feito toda uma geração sofrer?
Sofremos por que ouvimos as canções ou as canções fazem com que a gente sofra?
Essa música me faz pensar nos "E se..." da vida que deixamos escapar...
Será que a vida que vivemos é aquela que deixamos de ter? Ou é a que o acaso fez questão de nos dar?
Nossas escolhas nos determinam?
O que faríamos se tivéssemos uma máquina do tempo?
Concertaríamos tudo?
Essa música com toda certeza vai fazer com que todos aqueles que já se jogaram nos abismos vertiginosos da paixão e que perderam para a morte do relacionamento (no sentido figurado ou real) se identifiquem.
E Johnny Cash brinda com o blues da tristeza da separação.
Mas nada disso pode ser mudado, por que é só mais uma história que deixou de ser contada.
Mais uma narrativa que poderia ter sido e não foi.