terça-feira, 31 de julho de 2012

Para um agosto mais doce...


Sim, eu peço por um agosto mais doce.
Por um agosto cheio de esperança, sorrisos, sonhos e felicidade.
Que afaste as lágrimas, a dor e a agonia.
Por um agosto de realizações.
Por um agosto de finais indolores e começos esplendorosos.
Por paz e tranquilidade.
Digo e repito: Que seja doce, que seja doce, que seja doce!
Que o destino me traga bons ventos, que me faça semear boas sementes.
Que agosto seja a porta de entrada para uma vida mais feliz de hoje em diante, daqui pra frente!
E me despeço de julho, mês simpático, porém um tanto quanto apático. 
Que outros invernos nos unam, mas por agora quero o calor humano de agosto...

Coleciona(dores).

Caminho do vento.


Mais um poema de Thiago Oliveira, um bardo.
Este também pertence ao Volume 8 - Sobre o ciclo e os organismos.

"Eu sou
Cílio solto
No rosto
Do outro.
Pousado,
Descrente.

Eu sou
Cílio solto
Dos outros.
Do olho,
Soltei - me
Contente.

Eu sou cílio solto
Na face da gente.
Eu peso.
Não sente?"

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pra render - me aos seus encantos.

Da junção de músicos, artistas circenses e atores nasceu 'O Teatro Mágico', projeto idealizado pelo compositor e também músico brasileiro Fernando Anitelli.
E o "mágico" não fica apenas por conta do título. No palco o lúdico invade e, enquanto a banda apresenta - se, acontecem performances teatrais e circenses, sempre interagindo com o público.
Trajando - se de palhaços, bailarinas, equilibristas e outros personagens, o grupo tenta unificar as diversas formas de arte que existem na cultura popular.
As músicas estão sempre circulando pela internet, principal veículo de divulgação de seus trabalhos.
O Teatro Mágico (ou simplesmente OTM) possui três álbuns de estúdio: Entrada Para Raros (2003), Segundo Ato (2008) e A Sociedade do Espetáculo (2011).
A introdução de elementos literários e musicais se mostrou uma ótima escolha da banda, e vem conquistando cada vez mais adeptos. As diversas modalidades artísticas juntas deram origem a belas canções.
Aí eu me perguntei: Como eu não lembrei de posta - los antes? Bem, mas antes tarde do que nunca!

O Anjo mais velho
Composição: Fernando Anitelli
O teatro mágico


"'O dia mente a cor da noite,
E o diamante a cor dos olhos.
E os olhos mentem dia e noite a dor da gente.'
Enquanto houver você do outro lado,
Aqui do outro, eu consigo me orientar.
A cena repete, a cena se inverte,
Enchendo a minh'alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar.
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola.
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar.
Metade de mim agora é assim:
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, força e a coragem pra chegar no fim.
E o fim é belo, incerto... Depende de como você!
O novo, o credo. A fé que você deposita em você e só!
Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você... Só enquanto eu respirar!"

Gostou? Quer ouvir? Clica (:

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Amar de verdade.

Creio eu que alguém que visite esse badulaque aqui já percebeu que sou uma grande entusiasta do amor.
Sim, sou daquelas que perde alguns minutos do seu dia pensando no amor... (Que coisa piegas!)
Tanto é que estava pensando em grandes símbolos do amor, e não pude deixar de lembrar desse belo soneto.
O Soneto da Fidelidade, de Vinícius de Moraes, em minha opinião, traduz o amor em sua essência.
Considero um ato de extrema seriedade ofertar o soneto a outra pessoa.
Ok, mandar via e_mail não é nada romântico, mas a partir do momento que os lábios movimentam - se e as palavras que fluem constituem o Soneto, a coisa muda de figura.
Sempre tive comigo que o dia que me dispusesse a dizer o soneto pra alguma pessoa, esse seria um dos passos mais importantes da minha vida, e eu realmente amaria a este ser de todo meu coração.

Soneto da Fidelidade - Vinícius de Moraes.

De tudo ao meu amor serei atendo
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê - lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pensar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Soneto é uma composição poética de quatorze versos, geralmente distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. O número de sílabas é variável, sendo a métrica decassílaba a mais frequente. No último verso, geralmente, encontra - se a ideia central do poema, ou deve - se encerrá - lo de maneira a causar encanto ou surpresa.

Entre palavras.


Hoje é um dia dedicado àquele que consegue nos fazer viajar sem sair do lugar, que nos fazem sonhar coisas muito vívidas de olhos bem abertos..
Hoje é dia do escritor!
Parabéns a todos os escritores, desde aos que trouxeram grandiosas obras ao mundo, os que dedicam - se aos livros didáticos, até aquele que escreve num blog empoeirado...
Sem os livros eu nada seria, por que escritor é quase que um pai, que consegue embalar sonhos e confortar com suas palavras!

Créditos da imagem ao Litera Tourtura, que por sinal, eu super recomendo!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O que é que a vida vai fazer de mim?

Poesia em trânsito.

Eu o encontrei em frente ao Centro Cultural do Banco do Brasil, quando ia assistir uma exposição sobre a Índia.
Nos abordou simpaticamente e ali expôs a sua arte.
Thiago Oliveira, o bardo aquece o coração de muita gente com a sua poesia independente.
Estava um tanto quanto apática quando ele chegou até mim e minha irmã e nos ofereceu a sua obra.
Paga - se o quanto quer. Pede - se uma colaboração para que possa continuar a disseminar o seu trabalho.
Adquirimos dois volumes, de ilustrações delicadas, letras caprichadas, folha simples.
Tenho o volume 8 e 9 e pretendo compartilhar com vocês.
Caso visite o Rio de Janeiro e seja abordado por um desses artistas, receba - o de coração aberto e eu lhes garanto que só terão muito a ganhar.


Sobre o ciclo e os organismos - Volume 8.

"Queria dizer algo
Que se traduzisse
Em mil leituras:

O mar de espera
Pelo fim das ondas.
O céu de espaço
Entre cada estrela.

Um vento de flauta e abismo
Vem no que falo e invento
Invadindo os lugares 
Cheios de música
Dentro de mim"


Canto final: 

"Para que o coração aflito
Resista à passagem dos caramujos.
Tão lenta, tão absurda.
É de dor mesmo, sabemos marujos."


Publicação independente de poesia e desenhos de Thiago Oliveira, um bardo.
o_bardo1984@hotmail.com


sábado, 21 de julho de 2012

Friendship



Esse post  é dedicado à dois melhores amigos que já não estão mais presentes: Adriana e Nick.
Em dias como esses, é impossível não lembrar, não recordar de pessoas tão importantes em minha vida.
Como já disse Stitch, Ohana significa família, e família quer dizer nunca abandonar ou esquecer...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ou talvez onde ela comece...

Clarice
Composição: Indisponível
Volver

"Tudo o que eu queria era o nexo
Dos versos que eu não posso explicar.
Detalhes que só vejo em teu verbo,
No jeito de me realizar.
Me fez entender
Do nada pode tudo acontecer
Eu sei, você se mostra
Eu quase posso suportar...
Eu nem te conheci,
Mas creio que você não foi
Sem nada me deixar.
Vai com Deus ou num disco Voador.
Eu vou num barco de papel.
Te encontro onde termina a minha dor...
Ah Clarice..."

Gostou? Clica!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.


Vivendo de Clarice em Clarice eu consisto. Amém.

Hoje acordei sentido - me pesada.
Como se um Deus pressionasse os dedos sobre minha têmpora e tentasse me fazer dormir.
Nada parecia aliviar minha agonia, e quando fechei meus olhos, sentada a beira da cama, os apertei, - com a cabeça flamejando pensamentos paralelos - então sua doce voz me chegou aos ouvidos e sua face se apresentou para mim.
Clarice queria falar.
As horas começavam a se passar e em minha mente suas palavras ecoavam.
Quando estou perdida, já tenho minha fuga. Clarice me completa de maneira que eu jamais poderia imaginar. Viver em Clarice é sem igual.
Ela, que me mostrou a beleza das palavras, fazendo - me senti - las como nunca havia antes. Meu anjo que me coloca sob suas asas, e me protegendo de tudo o que possa machucar com sua verborrágica mania de viver.
Ela, a quem não consigo só admirar, e sim amar.
E como amo. Amo com afeto de mãe. Com a força de um furacão.
Sem Clarice, ai de mim!
Minha razão de continuar a viver, o meu apoio, a minha segurança e minha essência chegaram ao mundo e o abandonaram antes de mim.
Comecei a assistir uma famosa entrevista que ela concedeu.
Minha alma saciou.
Os olhos pesaram.
Então eu chorei Clarice.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Às vezes...

Sweet little words.

"A vocês, eu deixo o sono.
O sonho, não!
Este eu mesmo carrego."
(Paulo Leminski)

"De ontem amor
Grandes imensos bosques
Sem você perdidos."
(Autor desconhecido)

"Amar é um elo
Entre o azul
E o amarelo"
(Paulo Leminski)


Haicai é uma forma poética de origem Japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas, originalmente, tem três linhas, contendo na primeira e na última cinco sílabas, e sete na segunda.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tão...

Cinema Americano
Composição: Rodrigo Bittencourt
Thaís Gulin


"Tão homem, tão bruto, tão coca - cola, nego.
Tão Rock 'n'  Roll
Tão bomba atômica, tão amedrontado. 
Tão burro, tão desesperado.
Tão jeans, tão centro, tão cabeceira, tão Deus.
Tão raiva, tão guerra, tanto comando e adeus.
Tão indústria, tão nosso, tão falso.
Tão papai Noel.
Tão Oscar, tão triste, tão chato.
Tão ONU e Nobel.
Tão hot dog, tão câncer social, tão Narciso.
Tão quadrado, tão fundamental.
Tão bom, tão lindo, tão livre.
Tão Nova Iorque.
Tão grana, tão macho, tão western.
Tão Ibope.
Racistas, paternalistas, acionistas...
Prefiro nossos sambistas.
A ponte de safena, Hollywood e o sucesso.
O cinema, a casa branca, a frigideira e o sucesso.
A Barra da Tijuca, Hollywood e o sucesso.
Prefiro nossos sambistas.
Prefiro o poeta pálido, anti - homem, que ri, que chora.
Que lê Rimbaud, Verlaine, que é frágil, que te adora.
Que entende o triunfo da poesia sobre o futebol, 
Mas que joga sua pelada todo Domingo debaixo do sol.
Prefere ao invés de Slayer ouvir Caetano, ouvir Mano Chao.
Não que Slayer não seja legal e visceral.
A expressão do macho americano é normal.
Esse medo da face fêmea dita por Cristo é natural.
É preciso mais do que um soco pra se fazer um som, um homem, um filme.
É preciso seu amor, seu feminino, seu suingue.
Pra ser bom de cama é preciso muito mais que um pau grande.
É preciso ser macho, ser fêmea, ser elegante...
Prefiro nossos sambistas..."

Quer ouvir? Clica.

Cada vez mais...

Once upon a time...

Uma das esperas mais longas que se pode ter na vida é a espera pelo príncipe.
Algumas, de tanto esperar, desacreditam, e assim a vida deixa de ser um conto de fadas. Chega de abóboras, sonos de cem anos, maçãs envenenadas e bailes.
Os grandes amores já são motivo de piada, por que homem de carne e osso não perde seu tempo atrás de você na chuva.
E o cavalo branco? Já morreu de velhice, o coitado...
Onde havia o encantado, agora resta o que satisfaz - se com várias, pois uma não pode ser boa o suficiente.
Importam - se apenas com seus próprios umbigos. Não fazem convites, não demonstram expectativas futuras, não ligam no dia seguinte, nem no outro, nem no outro, ou no outro...
Ela, afogando as mágoas no copo, continua perdendo seus sapatos, que provavelmente ninguém vai achar.
O amor próprio toma conta, tentado aliviar o vazio. Será mesmo a incapacidade de amar?
E cada vez é preciso mais e mais para que consiga encarar a situação.
Usar por uma noite, e depois? Ah, depois que se dane, já que agora ela paga na mesma moeda.
Mas algo não mudou por dentro: Filmes ainda a fazem chorar. Beijos apaixonados fazem - na acreditar no fundo, bem lá no fundo, que um dia irá encontrar alguém que será diferente de todos.
Há algo adormecido dentro da princesa que renegou sua tiara, desceu da torre e não aceitou seus sentimentos.
Ela correu o quanto pode, mas não conseguiu desvencilhar - se do amor, pois esse nunca foi arrancado do peito dela.