segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

I wish...

Da série: Promessas de ano novo.


Boa noite e feliz sonhos novos e esperanças renovadas!

sábado, 30 de novembro de 2013

Eles existiam...


Todas as noites, antes de dormir, concentrava – se e imaginava milhões de possibilidades que fariam – na feliz. Imaginava o dia em que moraria em um pequeno sobrado e teria uma bicicleta vermelha, fantasiava sua metamorfose, no que se transformaria quando crescesse. Sempre muitos planos, sempre planos futuros.
Os sonhos eram acompanhados por uma oração. Agradecia a Deus e pedia que a iluminasse, e que fizesse o mesmo por todos a sua volta. Toda sua fé era o que fazia com que acreditasse na força de seu pensamento. A esperança de dias melhores aquecia seu coração.
Era pequena, delicada, e ao mesmo tempo, grandiosa. Passou, então, a desenhar em sua mente, em cada detalhe, os desejos que a cercavam. Apesar de estar ciente de que a maioria das coisas não sai como o planejado, não cansava de sonhar.
Um dia, em meio aos desejos e fantasias, concluiu que precisaria de asas para alçar voo, tal qual os pássaros.
A ideia animou – a, mas como conseguiria asas? Com lápis e papel em mãos, começou a traça – las, e, aos poucos, elas foram tomando forma.
Quando notou que era capaz de criar suas asas, abriu um imenso sorriso, como não fazia há muito.
Por adorar os tons vermelho – alaranjado do por do sol, ela decidiu que conheceria, primeiramente, o céu.
Apesar de insegura, aproximou – se da beirada da janela. Estava prestes a concretizar – se nas linhas de seu destino. A experiência mais tocante e fascinante que poderia experimentar.
O nervosismo não a abandonou, e ela colocou os pés pequenos bem próximos ao nada, ao livre ar. Soltou um longo suspiro, e então atirou – se em direção ao eterno.
Sim, ela estava voando. De perto, tudo era ainda mais incrível do que o visto através janela do quarto em que dormia.
Atravessou nuvens. Atravessou o céu, e percebeu que ele nada mais é que a materialidade da imaterialidade. Fundiu – se com o universo, deixou de existir. Era o melhor de todas as coisas.
Descobriu que eram os pensamentos ruins os responsáveis pelo aprisionamento do homem na terra, pois pesavam mais que qualquer coisa, mais do que qualquer corpo celeste.
Ela destacava – se do resto da multidão por acreditar em anjos. Sabia que eles estavam por todas as partes, sempre disfarçados.
Voando, ainda, conseguiu vê – los. Eram cintilantes e leves, leves como o ar. Tinham o olhar de ternura. A menina desejou estar, para sempre, rodeada por anjos.
A felicidade em voar era imensa, e ela acabou sem notar que os anos passaram – se... Ela estava imersa no eterno, banhando – se na fonte da luz que nunca se apaga.
Retornou para o lugar ao qual sempre pertenceu. A eternidade era seu lar, e os anjos, seus amigos.
Começou, então, a tecer vidas, do mesmo modo que teve a sua traçada.
Sempre cuidadosa, adicionava detalhes que traziam paz e felicidade, e principalmente, fé. Fé que edificava sonhos. Na verdade, ela era apenas um meio para tal, já que o desejo mais profund de cada pessoa é o mais importante para transformar os pensamentos em conquistas.
Percebeu, então, que sua vida era continuar a tecer, e fê – lo por dias, meses, anos... Traçou infinitas linhas, incontáveis pensamentos que tinham como destino o infinito. Ela acreditava em anjos, e por que acreditava, eles existiam.* No fundo ela era mais um deles.


A hora da estrela, Clarice Lispector,

Você não lembra, mas eu via girassóis em teus olhos.
Meio verdes, meio amarelos. Sempre com um brilho inigualável.
Você, certamente, não lembra, mas, às vezes, te escrevia cartas. Sempre dizia que te amava. 
É que, dia desses, a confusão de cores dos teus olhos e a minha letra trêmula de nervosismo invadiram minha mente. 
Pequenas coisas que os anos não apagam.
Pequenas coisas que novas coisas nos fazem esquecer.
Hoje, talvez, os girassóis estejam mais iluminados, brilhem por novas flores. Provavelmente não os verei novamente.
Será que as cartas não se tornaram um amontoado de papel picado?
Continuo a escrevê - las, mesmo tendo certeza que nunca passarão de um amontoado de papéis depositados na última gaveta de meu guarda - roupa.
Meus olhos, que quando viam teus olhos de girassol, eram secos, agora estão molhados. A ausência dói.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cair...

Não há como escrever bonitas palavras ou trançar fitas coloridas quando o que sentimos não é doce.


É na fragilidade das linhas tortas que abro minhas asas. É no amargo momento do cair que me liberto...

Possibilidades...


Talvez se eu fosse menos louca...
Se eu não fosse quem soca, desesperadamente, sem parar, um travesseiro branco.
Se eu seguisse em frente...
Se eu não fosse propícia a visualizar gente rolando do barranco...
Quem sabe você não chamasse a polícia...
Talvez se eu não tivesse um troço lá dentro da barriga que eu sinto que está dançando a dança da garrafa...
E que nunca se cansa, e que é uma girafa...
Se esse bicho imundo não subisse até o pescoço,
Quem sabe eu não estivesse no fundo do poço...
Talvez se o mundo desfocasse e só se visse a gente,
E todas a pessoas que sobrassem fossem meros figurantes.
S a vida decidisse mudar de roteirista, e o gênero trocasse de repente, num instante...
Quem sabe a gente podia ser protagonista...
Talvez...

Clarice Falcão.

(...) Se não fossem os danos, não seria eu... (...)
(...) Se não desse errado, não seria eu... (...)
(...) Você pode tentar por horas me deixar culpado, mas vai dar errado, já que foi o resto da vida inteira  que me fez assim... (...)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Be God.

Peguei - me pensando em uma conversa que há muito tive com alguns colegas...
Todos falavam a respeito do arrebatamento que viria para levar as pessoas boas para o céu.
Como sempre, fiquei alheia a conversa e, quando necessário, emitia algum comentário sem qualquer entusiasmo.
Falavam também a respeito de atitudes que tornavam as pessoas impuras e indignas da 'salvação'.
Cada um com seus conceitos. Cada um dizendo o que era imperdoável para Deus. Cada um assumindo o papel de Deus.
Eu continuei calada.
Não quero amar a um Deus que me permita condenar o outro e continue me amando com todo o ódio e repúdio que sinto ao condenar.
Não quero amar a um Deus ao qual tenha que temer primeiramente.
Eu quero amar ao universo e nele vê - Lo refletido.
Pois se Deus criou o amor, criou também as diversas formas de amar.
Quero ser livre objeto de Sua criação e não subjugar o meu semelhante.
Por que entre o homem e os céus existe muito mistério.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Tão tarde...

Havia esperança em mim.
Esperança apesar dos anos, apesar da distância.
Meu coração ainda palpitava...
Palpitava por você...
Enganei - me durante anos.
Fingi não te amar.
Em breve sua rosa irá desabrochar em seu colo. 
Meu conto de fadas havia acabado e eu não percebi...

You and Me.
Lifehouse

"Que dia é esse?
E em que mês?
Esse relógio nunca pareceu tão vivo...
Eu não consigo prosseguir, e eu não consigo volta...
Tenho perdido muito tempo...
Por que somos você e eu,
E todas as pessoas com nada a fazer, nada a perder.
Somos você e eu,
E todas as outras pessoas.
E eu não sei por que eu não consigo tirar os olhos de você.
Todas as coisas que quero dizer não estão saindo direito.
Estou tropeçando nas palavras.
Você deixou minha mente girando.
Eu não sei onde ir a partir daqui.
Por que somos você e eu,
E todas as pessoas com nada a fazer, nada a provar.
E somos eu e você,
E todas as pessoas.
E eu não sei porque eu não consigo tirar meus olhos de você.
Existe algo sobre você agora que não consigo compreender completamente.
Tudo que ele faz é bonito,
Tudo que ele faz é certo.
Por que somos você e eu,
E todas as pessoas com nada a fazer, nada a perder.
E somos você e eu,
E todas as pessoas,
 E eu não sei porque não consigo tirar meus olhos de você.
Por que somos você e eu,
E todas as pessoas com nada a fazer, nada a provar.
E somos você e eu,
E todas as pessoas,
 E eu não sei porque não consigo tirar meus olhos de você.
Que dia é esse?
E em que mês?
Esse relógio nunca pareceu tão vivo..."

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O nascer.


Nas redondezas da praça Maciel Pinheiro, no centro do Recife, via uma menina correndo.
Tinha olhar felinos, era muito faceira.
Corria, saltitava com um grande livro preso entre os pequenos braços.
Guiou - me até uma série de antigos casarios. 
Estendia a mão e quase podia sentir seu toque, mas ninguém a via.
A jovem Chaya circundou - me e foi em disparada em direção a praça. 
Virei - me e vi algo que reluzia como o  mais límpido e puro ouro.
Os casarões encaravam - me.
Fechei os olhos e senti Clarice, a Pernambucana Clarice.
O instinto me disse que ali havia morado.
Aproximei - me do sobrado cor - de - rosa, com marcas de reforma superando o tempo passado.
Tinhas janelas retangulares, altas, largas.
Por uns breves minutos pude ver novamente a figura da menina de cabelos curtos e levemente loiros e olhos verdes amendoados com o livro aberto, prostrado sobre os braços, fascinada.
Eu estava no reduto de minha alma, finalmente havia encontrado meu lugar, havia encontrado minha luz.
Cinco passos para trás, mais afastada do que interditava a porta, concentrei - me e pude recriar, ali, o refúgio judeu existente.
Caminhei ao encontro da estátua da mulher imponente, sempre com sua máquina de escrever no colo, sua vida transmitida por letras.
Não conseguia assimilar tudo, olhava - a e sentia vontade de me desfazer em prantos, de estar eternamente em sua forte presença.
As maçãs do rosto bem marcadas, a falta de atenção de todos ao redor.
Eu chorava. E como chorava.
Chorava por tê - la encontrado, e por ter demorado para chegar até aquele local.
Chorava pelo sentimento de pertencimento que me envolvia.
Chorava por que meu peito foi inundado pelo existir.
Puxei o ar com toda força pra dentro dos meus pulmões, na tentativa de descolá - los para que a vida me tomasse.
E respirei. E nasci.

quinta-feira, 28 de março de 2013

My universe will never be the same.


"Quando diferentes mundos juntem - se, o céu se ilumina, as faíscas invadem o espaço cósmico.
Mas a união de dois universos opostos, de duas dimensões paralelas, é quase sempre fatal..
Por que um planeta não muda sua rota pela atração exercida por outro. A força que o mantêm em seu estado estacionário de energia é sempre maior.
Acontece que o planeta de pequenas dimensões sente - se tentado a arrastar o outro para sua órbita, mesmo sabendo que é um esforço previamente fracassado."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Faça sim.


Não faça isso comigo, menino.
Me olha nos olhos, cativa e depois vai embora.
Não faça isso comigo, menino.
Me chama de moça, me adoça e me enamora.
Não faça isso comigo, menino.
Me prende em seus braços, me beija e desvenda meus mistérios.
Mergulha em meu ser, me faz crer nas coisas mais belas.
Não faça isso comigo, menino.
Me apaixonei. Só sei que foi assim.

Seus olhos claros.


Se eu corro.
A banda mais bonita da cidade.

"Eu quero guardar teu beijo na concha das mãos.
Teu cheiro eu levo feito mancha na roupa, que não lavo não.
Sou alvo pros teus olhos claros parecidos com essa estação,
E adoro os efeitos sonoros de quando você sussurra absurdos nos ouvido do meu coração [...]"

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

I love magic.


Trouble.


Atrações fatais. Atrações por problemas.
Você era um erro. Eu sabia disso. Eu me apaixonei por você.

I knew you were trouble
Taylor Swift

"'- Eu acho...
 que quando tudo termina, apenas volta em flashes, sabe?
É como um caleidoscópio de memórias. 
Tudo volta isso, menos ele.
Acho que parte de mim sabia, desde o segundo em que o vi, que isso ia acontecer.
Na verdade, não é tudo oque ele disse ou qualquer coisa que ele fez... 
Foi... O sentimento que veio junto com ele, 
E a coisa louca é, eu não sei se vou me sentirei assim novamente,
Mas eu não sei se eu deveria.
Eu sabia que seu mundo tinha mudado muito rápido,
E... queimou muito intensamente.
Mas eu pensei... Como pode o diabo arrastar você  para alguém que parece...
...Com um anjo quando sorri pra você?
Talvez ele soubesse que...
...quando ele me viu, eu  perdi o equilíbrio,
A pior parte de tudo isso não foi perdê - lo, 
Foi me perder.'
 Era uma vez,
Alguns erros atrás.
Eu estava na sua mira, você me pegou sozinha.
Você me encontrou, você me encontrou, você me encontrou...
Acho que você não se importou, e eu gostei disso.
E quando eu me apaixonei intensamente, deu um passo para trás
Sem mim, sem mim, sem mim...
Ele está muito longe quando está ao meu lado,
E eu percebo que a culpa e minha.
Porque eu soube que você era problema quando apareceu.
Que vergonha de mim agora...
Me levou a lugares que eu nunca tinha ido,
Até me por no chão.
Eu soube que você era problema quando apareceu.
Que vergonha de mim agora...
Me levou a lugares que eu nunca tinha ido,
Até me por no chão.
Agora estou deitada no chão frio e duro.
Problema. Problema. Problema.
Problema. Problema. Problema.
Sem desculpas. Ele nunca vai ver você chorar.
Finge que não sabe que ele é o motivo pelo qual 
Você está se afogando, você está se afogando afogando, 
Você está se afogando.
Eu ouvi em sussurros na rua que você seguiu em frente.
Um novo furo em seu cinto, é tudo que serei,
Agora eu vejo, agora eu vejo, agora eu vejo...
Ele foi muito longe quando me conheceu,
E percebi que a piada era sobre mim.
Eu soube que você era problema quando chegou.
Que vergonha de mim agora.
Me levou a lugares que eu nunca tinha ido, 
Até me por no chão.
Eu sabia que você era problema quando chegou.
Que vergonha de mim agora.
Me levou a lugares que eu nunca tinha ido.
Até me por no chão duro e frio.
Problema. Problema. Problema.
Problema. Problema. Problema.
E o medo mais triste chega causando arrepios.
De que você nunca amou a mim, ou a ela, ou a ninguém...
Ou a coisa alguma...
Eu soube que você era problema quando chegou.
Que vergonha de mim agora.
me levou a lugares que nunca tinha ido,
Até me por no chão.
Que vergonha de mim agora.
Eu soube que você era problema quando chegou.
Que vergonha de mim agora.
Me levou a lugares que nunca tinha ido.
Agora eu estou deitada no chão frio e duro.
Problema. Problema. Problema.
Problema. Problema. Problema.
'- Eu não sei se você sabe quem é até que perca quem você é'" 

Apêndice.


Sentia - me um anexo daquele amor.
E o nutria.
Minha única razão de existir era o sentimento ao qual me encontrava acoplada.
Suprimia minhas vontades por aquele amor.
Como anexo, minha função era alimentar, ser comburente, e mais nada.
Mas então, do dia pra noite, ele começou a doer.
E como incomodava...
Queimava, ardia, arranhava.
Não era natural...
Fui ao médico. 
Diagnosticou. Apendicite cordial.
Recomendou: livre - se o quanto antes. Retire - o.
Viverá novamente. Normalmente.
O ser lato era eu, imersa no topor desse sentimento.
Agarrei - o. Puxei. Desprendi. Libertei - me.
Latejou.
A cicatriz deixada incomodava quando estava frio. Sentia falta de algo que me já não estava.
Os dias se passaram... O frio foi embora.
O verão acalentou meu coração, aqueceu.
O desespero inicial passou, mas os sentimentos nunca mais foram os mesmos.


sábado, 12 de janeiro de 2013

Dark clouds.

Acontece que estou pesada demais para ficar em silêncio; Pesada demais para escrever.
Nada, nada nessa vida compara - se a frustração de decepcionar as pessoas que você ama, mesmo que o resultado dependa de uma série de fatores, combinações.
Acima de tudo quando o resultado depende muito de você.
E o que está por vir?
E os risos amargos de decepção de quem apostava as fichas em você? As apostas sempre são altas...
E o que eu perdi? O que eu os fiz perder?
A vida tem que seguir, essa é a única coisa da qual consigo me recordar... Eles me disseram isso em algum momento, mas eu bloqueei.
Meu peito enche - se de angústia quando penso neles e nos tiros que dispararam em vão por mim.
Eu só queria pedir desculpas, mas não tenho forças para isso.
Eu só queria dizer que sinto muito e que faria as coisas da melhor maneira possível, se pudesse.
É árduo combater as lágrimas, a dor e a frustração, mas elas estão descritas nas regras como consequências quase obrigatórias.
Não há o que ser feito...
Infelizmente, não posso voltar esse capítulo para tentar, novamente, entender como o jogo funciona. Já participo dele há alguns anos...
#Status da UPE: Tente outra vez...