quarta-feira, 25 de julho de 2012

Amar de verdade.

Creio eu que alguém que visite esse badulaque aqui já percebeu que sou uma grande entusiasta do amor.
Sim, sou daquelas que perde alguns minutos do seu dia pensando no amor... (Que coisa piegas!)
Tanto é que estava pensando em grandes símbolos do amor, e não pude deixar de lembrar desse belo soneto.
O Soneto da Fidelidade, de Vinícius de Moraes, em minha opinião, traduz o amor em sua essência.
Considero um ato de extrema seriedade ofertar o soneto a outra pessoa.
Ok, mandar via e_mail não é nada romântico, mas a partir do momento que os lábios movimentam - se e as palavras que fluem constituem o Soneto, a coisa muda de figura.
Sempre tive comigo que o dia que me dispusesse a dizer o soneto pra alguma pessoa, esse seria um dos passos mais importantes da minha vida, e eu realmente amaria a este ser de todo meu coração.

Soneto da Fidelidade - Vinícius de Moraes.

De tudo ao meu amor serei atendo
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê - lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pensar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Soneto é uma composição poética de quatorze versos, geralmente distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. O número de sílabas é variável, sendo a métrica decassílaba a mais frequente. No último verso, geralmente, encontra - se a ideia central do poema, ou deve - se encerrá - lo de maneira a causar encanto ou surpresa.

Um comentário:

  1. E se eu te disser que eu sei o "Soneto de Fidelidade" decorado também com a intenção de um dia declama-lo a alguém? :/

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