sexta-feira, 17 de agosto de 2012

De olhos bem abertos...

"E eu sentia uma pontada de loucura quando pensava no quanto gostava de atravessar faixas de pedestres lotadas.
Ali - no clássico preto e branco - tantas vidas interceptavam - se...
Pessoas de mais variados nomes, gostos, rostos, formas, problemas e etnias.
Pessoas que por algum motivo faziam uso do seu direito de ir e vir num dia que poderia ser outro qualquer.
E então eu tentava invadir - lhes a mente.
No que pensavam? Será que tinham muitas preocupações? Quais eram seus destinos?
Ainda haveria esperança de começos ou tristeza de finais em seus corações? Alguém daquele grupo de pedestres alcançou a felicidade?
E a mente por aí vaga por centenas de sentenças...
Quantas pessoas morreram enquanto meus dedos pinotam as teclas que fazem surgir letras em frente a mim? Quantos beijos foram dados? E os bebês, será que pararam de nascer só por que penso em seus nascimentos?
"Que menina tola e com questionamentos tolos!" Conclui agora.
Mas a verdade é que minha mente é um formigueiro e a cada momento, a cada novo sopro de ideia, cenas cinematográficas surgem diante dos meus olhos sem que o mundo possa enxergar.
Minha mãe me chama sonhadora, e talvez eu seja mesmo, por que um mundo sem sonhos deve ser escuro e vazio"

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